EGO
Não imaginas nem sonhas
Na ânsia e no crédito da espera
Em claras ou escuras paredes,
Em céu nublado ou escampo,
Em coloridas mentes
Ou nas criaturas de uma só cor.
Horas passas a qualquer coisa fazer.
Coisa qualquer que te aparte à monotonia:
Uma música a ouvir
A lembrança minha,
O televisor ligado
E as pinceladas engraçadas na tela.
O tédio te alivia e te livra
De em mim pensares por ínfimos instantes.
A dilação das novelas e os sumários filmes
À exaustão e à melancolia te levam.
Até te imaginas num deles,
Mas antes do epílogo, a chorares, vais à catre.
Na decoração do quarto, nenhuma foto sua,
E folhas rabiscadas pelo chão.
Preenchida uma com palavras sem nexo.
Arroja ao chão o último bloco a inquietude.
Portas abertas e caminhos sem rumo.
Um magote à vista do desenfado,
Mas a solidão é constante lembrança
A cada risos e trelas.
Despedes-te do sol,
Comemoras a aparição da estrela primeira
E à casa voltas,
Repleto de uma esperança nunca sentida.
No teu refúgio, a inapetência,
mas na alma, a gula.
E no quarto, estrela nenhuma.
A par do travesseiro: abraço forte e decepção.
E as fotos na parede?
E a estrela na noite do céu?
E a tua vazia mente?
Choras pelos cantos e não vês na vida um sentido,
Há falta de intensidade em seu sorriso,
Não sabes da Felicidade, da Alegria nem do Amor.
E assim, sofres, porque ainda não me conheceu.
Ciomar Amil
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Atom
)
Não se pode conhecer ou aproveitar o mundo sem antes se conhecer. Gostei muito, aguardando outros...
ResponderExcluirIsso! Isso! Isso!
ResponderExcluirPARABÉNS!!! Belíssimo poema.Concordo cm vc Franciele Lima, aguardamos muitos outros...
ResponderExcluirObrigado!Fico feliz por estarem curtindo.😊
ExcluirShow! Muito bonito! 👏👏👏
ResponderExcluirIsa... Obrigadão, minha querida.😏
ExcluirQue lindo😍
ResponderExcluirObrigado, Tereza! Aguarde! Virão outros.
ResponderExcluirE os meus olhos fizestes brilhar...
ResponderExcluirQue maravilha! Isso é Literatura.
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