MALHAÇÃO: VIDA APÓS A MORTE


O assunto é polêmico.


Em “Malhação – Pro Dia Nascer Feliz” a doação de órgãos é tema desde o final de sua temporada anterior.

Amanda Godoy e Francisco Vitti como Filipe e Nanda
No folhetim direcionado ao público adolescente, a personagem de Amanda Godoy(Nanda) perdeu o noivo Filipe, interpretado pelo ator Francisco Vitti, que era doador de órgãos.


O final de “Malhação: Seu Lugar no Mundo” foi de certa forma, tocante, e impressionou com a morte de Filipe, que surgiu no plano espiritual conversando com sua namorada, o personagem deu um beijo na moça e eles prometeram se amar eternamente. 

Nanda com Rômulo, personagem de Juliano Laham
A jovem, depois do luto, e já na atual temporada, ainda se envolveu com Rômulo, personagem de Juliano Laham.

Mas, eis que surge Renato, um rapaz contratado para lecionar no Colégio Dom Fernão, e que recebeu o coração do noivo falecido de Nanda.

Jayme Matarazzo como Renato
Com uma puxada para o espiritismo, ainda que tente a justificativa científica, a identidade do professor muda em alguns aspectos, chamando a atenção da garota que passa a ver em Renato (Jayme Matarazzo), muitos traços de Filipe. O olhar, os gostos, as ideias, o sentimento que ambos nutrem desde a primeira vez que se viram e até os problemas de visão, já que Renato passou a usar óculos logo depois do transplante.

Filipe, Nanda e Renato
Há informações de que a certeza de que Filipe foi mesmo o doador, seja possível o retorno de Francisco Vitti ao elenco desta temporada, pois Nanda irá ver em Renato o seu noivo falecido na temporada anterior.


E você? O que acha de tudo isso?

Sim. É romântico. E quando começa a tocar “Echoes of Love” de Jesse & Joy?

Confira os vídeos da canção em inglês


e em espanhol “Ecos de Amor”


E eles se olham, se entendem e se beijam. Assim são as cenas de Nanda e Renato no seriado Malhação.

O primeiro beijo de Renato e Nanda
A verdade é que por trás desse romantismo todo, há algo que deveria ser tratado com mais atenção. Simplesmente, o sigilo a respeito da doação de órgãos.

Muitos problemas e eventuais prejuízos podem trazem a quebra desse sigilo.

O sigilo quanto à identidade seja do transplantado, seja do doador, ainda não é uma Lei, mas deveria, uma vez que é apenas uma recomendação médica.

Saber que alguém doou seus órgãos e que estes foram utilizados em benefício de outras pessoas deveria ser suficiente para o transplantado, assim como para as famílias envolvidas. E isto é independente das pessoas se conhecerem.

Há riscos de os parentes procurarem manter vínculos afetivos ou emocionais pelo fato de pensarem que o órgão doado possa ser a continuidade da vida do doador. O transplantado poderá também nutrir sentimento de culpa pela morte do doador, principalmente sabendo de quem era o órgão que recebeu.

Sem falar na hipótese dos familiares do receptor se considerarem em dívida com a família do doador a ponto de suprir com ajudas financeiras.

E ainda tem a absurda ideia de que a identidade do receptor possa se modificar a partir da implantação do órgão de outro ser.

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