MEUS POEMAS PREFERIDOS DE PAULO LEMINSKI


Minha seleção dos melhores poemas de Paulo Leminki não poderia iniciar com algo tão impactante quanto esta imagem do fotógrafo curitibano Dico Kremer.

Paulo Leminski foi uma das grandes surpresas da poesia brasileira nos últimos anos. Pertencendo a uma geração de insatisfeitos e irreverentes levou a insatisfação e a irreverência àquele ponto extremo para o qual só há uma saída: renovar ou se retirar. Ele renovou. Teve o dom mágico de mostrar ao país uma voz inconfundível, personalíssima, fluente e cheia de sonoridades misteriosas, como os rios. E como os rios, enriquecida por muitos afluentes, desde os haikais às experiências concretistas.


Em vida, Leminski lançou três livros de poemas: Caprichos e Relaxos (1983), Haitropikais (1985), em parceria com Alice Ruiz, e Distraídos Venceremos (1987).


Outros foram publicados após a sua morte, mostrando um poeta prolífico e fascinado por muitos caminhos, mas extremamente preocupado com a linguagem, a expressão gráfica do poema, herança talvez do concretismo.

Essas preocupações podem sugerir que tenha sido um poeta de gabinete. Nada mais falso. Os poemas de Leminski nascem de suas vivências com o beatnik, movimento sócio-cultural dos anos 50 e 60 no qual subscreviam um estilo de vida anti-materialista advindos da 2ª Guerra Mundial.

A seguir, deliciem-se na forma com a qual Leminski faz abraçar o clássico com o moderno, tocando e invadindo a intimidade com delicados traços de ironia.

Trata-se de poemas de tamanhos variados e que podem ser lidos nos livros de sua autoria ou em outros que foram lançados depois de sua morte com as melhores seleções:














































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