"MÚSICA NÃO SE FAZ COM A BUNDA"


Beethoven sozinho e surdo criou a Nona Sinfonia. Talento é raro. Gosto é fogo.
Uma pesquisa sobre música popular brasileira, feita não lembro quando, chamou a atenção mesmo de quem não estava atento.

Ela mostra que a maior parte das músicas que fazem sucesso é de péssima qualidade. Não pense que estavam falando apenas das músicas bregas, sertanejas, universitárias, axé, pagode e arrochas da vida. Nesta amostragem constam também músicas de autores consagrados, o que demonstra que o marketing de um nome é determinante para mandar no gosto popular.

Foi o que aconteceu com muita gente considerada boa, que no início da carreira fizeram uma força danada para a criação de uma música de qualidade que chamasse a atenção do público, gravadoras e críticos. Mas então, depois de algum tempo, com o nome institucionalizado, fizeram valer a máxima “cria cama e deita na cama”. Era certo que os tietes passariam a ver naquele “gênio” somente a feitura de coisas geniais. Qualquer coisa valia a pena. Mesmo que o cara rimasse azul com sul, mar com dar e amor com o de sempre: dor.

A questão da música boa ou ruim passa por sensibilidade e pelo nível de informação, educação e psique. Gosto não se discute, claro, e gosto é uma questão muitas vezes de influências externas. Mas temos que saber discernir uma poética boa de uma ruim. Ritmo é difícil, pois gosto de jazz, rock e bossa, muita coisa da MPB , alguma coisa de Axé - principalmente no carnaval -  e do Pagode ou até mesmo do arrocha e música clássica mas não suporto forró e sertanejo. Mas a maioria que conheço mostra interesse. Tenho de respeitar.






2 comentários

  1. Gosto não se discute... É por isso que prezo pelos fones de ouvido, sei que muitos não suportariam ouvir Nando Reis, Marcelo D2, RPM, Raul Seixas,Charlie Brown, NX Zero e outros. Ah! Como poderia esquecer minha seleção infantil com Xuxa e Angélica.
    Vou de táxi...

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  2. Tirando dois daí, assino embaixo. Também vou de táxi.

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