Virgínia Woolf é conhecida como uma das primeiras escritoras modernas do século XX. Ela é conhecida por seu estilo experimental em obras como “Mrs Dalloway”, “Um Teto Todo Seu”, e “Entre os Atos”. Infelizmente, sofreu durante toda a sua vida com uma doença mental que tomou sua vida. Vamos dar uma olhada em como ela se tornou a autora com quem muitos se identificam, se inspiram e se familiarizam atualmente.
Filha de Leslie Stephen e Julia Prinsep Stephen, Virgínia nasceu em Hyde Park Gate em Kensington, Londres, no dia 25 de janeiro de 1882. Seus pais eram pessoas muito influentes.
Com o pai, Leslie |
Leslie, um historiador, autor e editor do Dicionário da Biografia Nacional. Julia, modelo serviu de inspiração para pintores como Edward Burn-Jones.
"Princess Sabra", obra de Edward inspirada na mãe de Virgínia |
A família compunha uma combinação de quatro irmãos e quatro irmãs (Vanessa Stephen, Thoby Stephen, Adrian Stephen, Laura Makepeace Stephen, George Duckworth, Stella Duckworth e Gerald Duckworth). Ela era a segunda mais jovem.
Sua família era muito bem de vida, o que permitiu que as crianças recebessem a melhor educação possível. Como historiador e editor, Leslie tentou cercar seus filhos com obras influentes sobre a sociedade vitoriana. Visitantes como Henry James, James Russell Lowell, e George Henry Lewes frequentavam bastante a residência da família Stephen deixando suas importantes marcas nas crianças.
Henri James, James Russell Lowell e George Henry Lewes |
Perdeu sua mãe aos treze anos e dois anos depois, sua irmã Stella, e em seguida, seu irmão Thoby. Essas perdas causaram grandes danos à vida da escritora, uma vez que inúmeros lapsos nervosos passaram a fazer parte de sua vida.
Apesar de sua dor Virginia continuou a tocar sua vida e por volta de 1897 começou a participar do Ladies Department of King’s College London. Tragicamente em 1904, seu pai faleceu, e Virgínia caiu numa profunda depressão.
Ladies Department of King’s College London |
Além da perda dos pais e dos irmãos, Virgínia e sua irmã Vanessa também foram abusadas sexualmente por dois de seus meios-irmãos, George e Gerald Duckworth. Este abuso trouxe traumas que ela carregou por toda a sua vida.
Com tantas perdas, o que sobrou da família passou a viver em Gordon Square, período no qual Virgínia conheceu pessoas influentes, inclusive seu futuro marido Leonard Woolf. Os dois se casaram em agosto de 1912.
O casal Woolf |
O casal é conhecido por criar Hogarth Press, editora britânica, fundada em 1917, o que permitiu à Virgínia a publicação de seus romances.
Com o amigo T.S. Eliot |
Lá, ela também conheceu seu amigo T.S. Eliot e muitos outros.
Editora Hogarth Press |
É dito que Woolf começou a escrever profissionalmente, por volta de 1900, quando teve sua primeira peça “Haworth, November 1904”, publicada em um jornal chamado The Guardian, em Dezembro de 1904. O primeiro romance de Virgínia foi “A Viagem”, publicado em 1915 por Gerald Duckworth and Company Ltd.
Gerard Duckworth |
A maioria das peças de Virgínia foi publicada mais tarde pela empresa Hogarth Press, dela e de seu cônjuge. Ela continuou a escrever a publicação de algumas de suas obras mais notáveis, incluindo “Mrs Dalloway” em 1925, “Orlando” em 1928, e “Entre os Atos” em 1941, este, o último de seus romances, o qual terminou durante a Segunda Guerra Mundial, um ano antes de sua família perder a casa em Londres, numa Blitz. Juntando a perda com as destruições provocadas pela guerra, uma severa depressão voltou a se manifestar em Virgínia, mais uma vez. Cada vez mais doente, seu estado se agravou de tal maneira que não se permitia nem podia mais trabalhar.
Cena do suicídio interpretada pela atriz Nicole Kidman no filme "As Horas" |
Em 28 de março de 1941, Virgínia Woolf cometeu suicídio. Ela encheu os bolsos de seu casaco com pedras e caminhou para o River Ouse, localizado próximo de sua casa.
River Ouse |
A família só pode encontrar seu corpo um mês depois, sendo ele cremado e enterrado debaixo de uma árvore perto de sua casa em Rodmell, Sussex.
Casa de Virgínia |
Infelizmente, ela que é uma das maiores e melhores autoras do sexo feminino do século XX, teve toda sua vida marcada por perdas, traumas e sofrimentos, porém, é demasiadamente reconhecida por sua escrita moderna experimental, bem como seus progressivos pontos de vista feministas.
Sua visão progressiva e feminista são mais que notáveis em sua obra não ficção “Um Quarto Todo Seu”.
Virgínia deixou uma filha, Julia Stephen, mesmo nome de sua mãe.
Com sua filha Julia, aos dois anos |
A seguir, a carta que Virgínia deixou para Leonard Woolf, antes de morrer:
👏👏👏👄
ResponderExcluirObrigado! Meu queridão!!!
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