A me invadir de repente um aperto.
Forte e insuportável dor a sentir.
Almejos de fora pôr o que preso aqui está.
Partilhá-lo necessito em segredo.
Deuses, santos: podem me ouvir?
Escutem-me! O momento não me permite gritar.
Atendam-me! Estou a lhes implorar.
Provocar desejo uma explosão.
Barulho faz o milho quando pipoca.
Atroados lábios em silêncio sente
O forte som sem alaridos as gentes.
Me perdoem as celeumas causadas,
Pelo contraído dorso e sufocado peito
Ao sentir aqui o incômodo fragor.
Pretensioso seria falar-lhes de minha dor.
Esforços e tentativas quaisquer, em vão,
Que a sapiência me promova melhoras
A você, que se comove à dor fomentada,
Não queira ajudar de qualquer jeito.
Antes, a provação desejo era.
E este encafuado segredo,
Agora, suar faz. Parar? Quem dera!
Guardo a oculta dor no terrível medo.
Esmurrá-lo é vontade impedida.
Abraça o abstrato meus cerrados punhos,
Porém, inimigo acertar não se talha
Já sabe alguém desta dor sentida?
O doce aroma de sua forma dantes
É o horror e o nojo de agora.
Antes, era sonho maior do mundo
Agora, pesadelo sujo e imundo.
Ontem era sucesso a se conquistar
Sabor, vontade e deleite às aspirações
Mas aos seus já poluídos psiques e pulmões
Hoje pela manhã veio me sufocar.
Ciomar Amil
Bem sei o real sentido, mas, vc o fez aberto a diversas interpretações, fazer o que, essa é a magia da literatura, na minha agradável interpretação, sinto a solidão sufocando o autor, sem refúgio para se libertar, dores e tentativas em vão, que causam a sujeira em sua alma pelo o que pouco antes o fez tão satisfeito. Adorei... esperando outros...
ResponderExcluirObrigado, minha irmã! Bem sabes da importância de sua opinião em tudo o que faço.
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